Molho de tomate – porque o que é caseiro é sempre melhor.
Aqui há dias disse, a propósito da receita dos rolinhos de courgete, que raramente uso molho de tomate de compra. Só compro se preciso de pouquíssima quantidade e não tenho molho "do meu". Como se vê, sou pouco de comprar feito aquilo que posso fazer – mas reconheço que por meia dúzia de colheres de sopa de molho não vale a pena fazê-lo em casa.
Ainda assim, quando não uso molho feito por mim compro molho biológico. Se é um pouquinho mais caro? É. Mas não é coisa que eu use todas as semanas, nem sequer todos os meses... E além disso os molhos biológicos são deliciosos e habitualmente (convém ter atenção à etiqueta) só levam tomate, azeite e temperos (sal, ervas e afins). Não há cá nada de aditivos nem de coisas que nem sabemos bem o que são nem para que servem. É quase como fazer o molhinho em casa. Depois a questão é mais acertar com os sabores... Eu gosto particularmente do molho que se vende no Celeiro. Mas verdade seja dita que também não experimentei muitos.
Bom. Passando a lista de compras, hoje deixo aqui a receita do molho de tomate que costumo fazer cá em casa. Quando são precisas grandes quantidades é a receita ideal. É fácil de fazer, é saboroso e leva ingredientes "normais" (daqueles que temos sempre na despensa).
Este molho fica com um sabor muito "natural". Muito suave. Já muita gente provou e tem sempre feito sucesso. É baseado na receita da Vaqueiro, mas levou as minhas voltas e as minhas quantidades.
Experimente!
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Molho de tomate
Ingredientes [para cerca de um litro de molho]:
1,5 kg de tomate maduro (ou 3 latas grandes de tomate pelado)
2 cebolas grandes
3 dentes de alho grandes
Azeite, sal e pimenta preta q.b.
1 raminho de salsa
1 raminho de manjericão fresco
1 folha grande de louro
2 dl de vinho branco
2 a 3 colheres de chá de açúcar mascavado
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Se vai usar tomate cru, comece por pelá-lo. A técnica mais simples é fazer um corte em cruz na base dos tomates e deixá-los de molho em água muito quente durante um minuto. Depois é só puxar a pele a partir dos cortes que fez, com a ajuda de uma faca. Quando o tomate estiver pelado, reserve.
A seguir vai picar muito bem as cebolas e juntá-las ao tacho – que já vai estar ao lume, com o azeite a aquecer. Além das cebolas, coloque também o alho a refogar.
Enquanto a cebola e o alho alouram, corte os tomates em cubinhos. (Se forem em calda, deixe-os escorrer bem. Mas não os esprema, para não irem para o tacho já muito desfeitos.) Assim que o refogado estiver apurado, ponha o tomate no tacho e junte também metade do vinho branco, o louro e os raminhos de ervas (atados, para que não se espalhem). Tape e deixe ferver, em lume muito brando, durante meia hora. Vá mexendo de vez em quando, para não pegar.
Passada a meia hora (se forem 45 minutos também não faz mal), junte o resto do vinho branco e mexa bem. Junte também o açúcar mascavado, tempere com sal e pimenta e envolva. Volte a tapar o tacho e deixe que continue a ferver por mais uns cinco a dez minutos. Depois disso, apague o lume, tire os raminhos de salsa e manjericão e a folha de louro e triture o molho com a varinha mágica. Retifique os temperos, se lhe parecer necessário... E está pronto a usar!
Notas:
* Se sobrar molho, pode guardar no frigorífico, numa caixa bem fechada, durante uma semana. E também pode congelar, dividido em porções.